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Depressão

Atualizado: 22 de nov. de 2022

A depressão é um transtorno comum e sério que interfere na vida diária das pessoas afetadas. As causas são multifatoriais, incluindo questões genéticas, biológicas, ambientais, psicológicas e sociais. Pesquisas científicas apontam que o risco de depressão resulta da influência de vários genes que atuam em conjunto com fatores ambientais ou outros.


No entanto, a depressão também pode ocorrer em pessoas sem histórico familiar do transtorno. Nem todos os pacientes com transtornos depressivos apresentam os mesmos sintomas. Além disso, a gravidade, frequência e duração variam dependendo do indivíduo e de sua condição específica, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).


Aproximadamente 350 milhões de pessoas no mundo têm depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Estima-se que 3,8% da população do planeta seja afetada, incluindo 5% de adultos e 5,7% de indivíduos com mais de 60 anos. A depressão é considerada a principal causa de incapacidade em todo o mundo e contribui de forma importante para a carga global de doenças.


Os quadros variam de intensidade e duração e podem ser classificados em três diferentes graus: leves, moderados e graves. Além disso, ela também pode atingir crianças e adolescentes.


O início da depressão pode acontecer de diferentes formas e por isso é preciso ficar atento aos sintomas.

Diferentemente das flutuações de humor habituais e das respostas emocionais de curta duração comuns, a depressão provoca quadros clínicos acentuados e impacta de maneira significativa a qualidade de vida. Principalmente quando recorrente e de intensidade moderada ou grave, a depressão pode trazer sofrimento e prejudicar a rotina de trabalho, escola e familiar.




Nos quadros mais severos, a depressão pode levar ao suicídio. Todos os anos, mais de 700 mil pessoas tiram a própria vida no mundo, segundo estimativas da OMS. O problema de saúde pública afeta famílias, comunidades e países inteiros e tem efeitos duradouros para as pessoas. O suicídio é a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo.


Durante um episódio depressivo, a pessoa vivencia o humor deprimido, caracterizado por tristeza, irritação e sensação de vazio. Há perda de prazer e interesse em atividades, na maior parte do dia, quase diariamente, por pelo menos duas semanas. Vários outros sintomas também estão presentes, e podem incluir falta de concentração, sentimentos de culpa excessiva ou baixa autoestima, desesperança em relação ao futuro, pensamentos sobre morte ou suicídio, distúrbios do sono, alterações no apetite ou no peso e sensação de cansaço ou falta de energia.


No humor depressivo, há um pensamento de que se perdeu, de forma irreversível, a capacidade de sentir prazer ou alegria. Algumas pessoas podem se mostrar mais apáticas do que tristes, e se percebendo como um peso para os familiares e amigos. Além de reforçar avaliações negativas sobre si mesmos, pessoas em depressão também percebem as dificuldades como intransponíveis.


Depressão é uma doença que exige acompanhamento médico sistemático. Quadros leves costumam responder bem ao tratamento psicoterápico. Nos outros mais graves e com reflexo negativo sobre a vida afetiva, familiar e profissional e em sociedade, a indicação é o uso de antidepressivos com o objetivo de tirar a pessoa da crise.


O tratamento da depressão envolve um esforço multiprofissional, que pode contar com o auxílio de psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e médicos de família. Como qualquer doença, a conduta depende dos sintomas e da gravidade do quadro clínico de cada paciente e deve ser definida por profissionais de saúde especializados.


A psicoterapia, o uso de medicamentos antidepressivos e o acompanhamento profissional para a realização de mudanças no estilo de vida são algumas das possibilidades de tratamento.


Os tratamentos psicossociais também são efetivos para depressão leve. Já os antidepressivos podem ser eficazes no caso de depressão moderada a grave, mas não são a primeira linha de tratamento para os casos mais brandos.


Para as pessoas que estão em crise, o Centro de Valorização da Vida (CVV) disponibiliza a ajuda de especialistas durante 24 horas. Basta ligar para o telefone 188.




Thalita Gomes

Psicóloga

CRP: 103709



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